– quando adivinharia eu que as férias seriam em Dezembro e nas Caraíbas? Sol e praia? Eu gosto é de aventura e descoberta! Mas depois de adiar por diversas vezes a viagem desejada (2007 era o ano para Índia ou Argentina), Cuba acabou por ser o consenso de vontades de amigos que há muito viajam juntos e que precisavam retemperar forças ainda antes do ano acabar.
Entro no avião a sorrir – para mim, para o mundo. Uma viagem traz sempre perspectivas infinitas e perante isto só posso sorrir!
No voo revê-se o plano da viagem e acertam-se mais uns detalhes para contentar as vontades de todos. E umas (muitas!) horas mais tarde chegamos a La Habana – são 10 da noite o que equivale a dizer 03 da madrugada em Portugal!
O melhor é começar logo a adaptarmo-nos ao fuso
horário e assim saímos para jantar e para a noite de Havana!
Esta ilha é encantadora e deixa-nos logo apaixonados. É impossível não se deixar levar pelo espírito desta terra: o sol entranha-se na pele, a música cativa-nos, a doçura das vozes prende-nos!
As palmeiras reais no Parque Central, as praças e avenidas (a Plaza de Armas e o seu mercado), o Malecón ao final do dia, os daiquiris e os mojitos (El Floridita e La Bodeguita del Medio, porsupuesto, tal como o fez Ernest Hemingway!)
A alegria e a maneira de ser dos cubanos (extrovertidos, sociáveis, conversadores, muitas vezes à cata de uma gorjeta dos turistas, mas sempre muito educados) são contagiantes. A música, essa entranha-se no sangue e fica a fazer parte de nós.
Três dias passam num ápice, apetece ficar, mas Santiago de Cuba espera-nos!
O voo até Santiago de Cuba é rápido (cerca de 1h15m), o que nos permite começar cedo a explorar a cidade conhecida como a “mais africana, mais musical e mais apaixonada de Cuba”. É também o “Berço da Revolução” – foi aqui, da Sierra Maestra que heróis como Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Raul Castro avançaram para a vitória da Revolução Cubana.
Um dia é suficiente para ficar a conhecer a cidade e ainda descansar, pelo que no dia seguinte contratamos um táxi para nos levar aos arredores – visita ao Castillo del Morro e a parte do Parque Baconao (respectivamente Património Mundial e Reserva da Bioesfera da Unesco).
O voo até Santiago de Cuba é rápido (cerca de 1h15m), o que nos permite começar cedo a explorar a cidade conhecida como a “mais africana, mais musical e mais apaixonada de Cuba”. É também o “Berço da Revolução” – foi aqui, da Sierra Maestra que heróis como Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Raul Castro avançaram para a vitória da Revolução Cubana.
Um dia é suficiente para ficar a conhecer a cidade e ainda descansar, pelo que no dia seguinte contratamos um táxi para nos levar aos arredores – visita ao Castillo del Morro e a parte do Parque Baconao (respectivamente Património Mundial e Reserva da Bioesfera da Unesco).
O táxi - um velho Chevrolet que mal se arrastava em qualquer subida - não nos permitiu subir até à Gran Piedra (1234 metros altitude), mas o taxista divertiu-nos imenso enquanto conduzia dançando ao ritmo de uma música na rádio ou quando atirava beijos e namoriscava com as mulheres que passavam pelas ruas!
Valeu a pena ir até Santiago de Cuba – pelo descanso proporcionado, pela musicalidade, pela variedade de cores e de raças, pela graça das ruas inclinadas até ao porto, pelo encanto dos fins de tarde, pelo maravilhoso pôr-do-sol no terraço do Hotel Casa Granda com as torres e o anjo da Catedral de la Asunción à nossa frente e a baía de Santiago e a Sierra Maestra ao fundo, pelos mojitos, pelo som de uma salsa ou de outra música qualquer tocada na praça do Parque Céspedes, pelo “viver apenas o momento”!
De volta a Havana, com as formalidades e com uma pequena confusão que a rent-a-car fez com a nossa reserva, quatro horas mais tarde do previsto tínhamos o nosso carro, um mapa das estradas e estávamos prontos a partir à aventura.

Ao final do dia começa a nossa primeira aventura – a procura de um local para passar a noite. O hotel mais próximo situado na Playa Larga está fechado para manutenção (estamos no Inverno!). O porteiro/segurança de um restaurante aconselha-nos uma “casa para renta” - casas particulares que têm licença para alojar turistas. Que belo conceito! E assim, embrenhamo-nos num modo mais típico e cubano de viver!
No dia seguinte, retemperados após um excelente pequeno-almoço acabado de fazer na “nossa” casa, fomos até La Laguna de las Salinas – um paraíso para as aves e um delírio para os nossos olhares: por entre as garças, patos, íbis e outras aves, a mancha rosada de flamingos a meio da laguna é de cortar a respiração!
À tarde, descansamos um pouco na Playa Larga o que soube muito bem.
À tarde, descansamos um pouco na Playa Larga o que soube muito bem.
De volta à estrada em direcção a Trinidad, paramos em Cienfuegos (bela baía, bela praça central) para passar a noite (em mais uma “casa para renta”) e voltamos a experimentar os sabores de um “paladar” (casa particular que serve refeições).

Trinidad é uma linda cidade colonial, Património Mundial da Unesco, onde o tempo parece ter parado, com as suas casinhas pintadas em tons pastel, as ruas empedradas, as lojas, as pessoas, a música, o bar Canchánchara (e o cocktail homónimo!).
De novo na estrada para ir até Cayo Coco – uma pequena ilha no centro/norte de Cuba onde se acede por uma estrada-passagem pelo meio do mar. Excelentes praias, excelente lagosta no restaurante da praia, mas sendo uma ilha onde não vivem cubanos falta a animação a que já nos habituáramos, pelo que voltamos à estrada e ficamos a pernoitar em Moron. Aqui temos animação e genuinidade para dar e vender! É sábado à noite e todos estavam bem vestidos, arranjados para sair e dançar – fosse no bar do hotel Moron, fosse na rua com aparelhagem improvisada! Animação super contagiante e linda de ver!
No dia seguinte seguimos para Varadero – um pouco de praia, mas o que realmente valeu a pena foi o passeio de barco até Cayo Blanco. O percurso inclui a possibilidade de nadar com golfinhos numa “piscina” no meio do mar e ver uma pequena barreira de coral. Cayo Blanco tem uma praia fabulosa – a melhor de todas as que estivemos em Cuba. Areia branca e tão fina que parece pó, um mar azul-turquesa calmíssimo, enfim um pequeno paraíso (e a lagosta no restaurante estava muito boa!)
Chegamos ao último dia de férias. E desta vez, apesar das raízes que nos prendem e das saudades que nos assolam, a vontade de regressar era menor … o sol, o calor, a música, a dança, a doçura das vozes, o mar, as palmeiras, a salsa, … enfim. Apetece ficar, mas apesar do desejo de evasão, o mundo e a realidade chamam. E haverão outras viagens!
As perspectivas continuam a ser infinitas...
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